(...) Ela sabia o que queria, há anos que isso a perseguia! Nunca nada era oportuno e o seu corpo moribundo, já de tudo fugia...
Mas como ela sabia! Era uma certeza não uma fantasia! Que por todo o seu ser corria, essa noção tão clara que lhe dava sintonia.
Mas ela não sorria, nem por isso se atrevia, pois todo o mundo lá fora, parecia tão bem conhecer, que nem com toda a demora, nunca iria acontecer.
Ele notou uma tristeza e tentou-a consolar, com uma palermice ingénua pôs-se a brincar: "Queres um homem grande que de ti saiba cuidar?"
Então ela, virou a cara, baixou a face e chorou, mas pelo seu amor ela não implorou. Queria esconder o que sentia, como já há tanto tempo o fazia. Queria fugir em revelia! Ela queria ela queria! Era só ele que ela queria! ... sem a certeza se quer, se ele isso percebia.
Uma dor enorme nela se abateu e ele atrás dela correu. Entre palavras e lágrimas algo sucedeu, ele por fim a conheceu.
Levantou as mãos fortes e um abraço lhe deu, foi um abraço intenso como nunca ela recebeu. Ali ela queria ficar, naquele momento de apogeu, na tranquilidade daquele peito onde sentiu que renasceu.
Ouviu tão fortemente o coração dele a palpitar, que por momentos pensou: poderia ele me amar? O medo da desilusão começa então a pairar, ela larga o seu abraço quer parar já de sonhar!
Tudo nele é cativante, é um misto da raposa com o príncipe itenerante. (...)