quinta-feira, 19 de julho de 2007

Sonhos

 

Vou pisando um caminho

Que a saudade recorda

Num pensar sempre sozinho

Que a realidade acorda


Vazias tenho umas mãos

Da imensidão da vida

Desses brilhos a todos vãos

Que me deixaram ferida


Não há bússola nem mapa

Que me guie a dormência

Apenas uma dor chata

De uma alma em penitência


E pago os meus pecados

Não com fogo do inferno

Mas com sonhos estragados

Para sempre no eterno


Repassa-me o coração

Da triste ignorância

Não ter aceitado um não

Vivendo agora a distância.

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