Hoje, hoje.
Não ontem ou nos dias passados,
Hoje, há minutos atrás,
No momento que antecedeu a eu ter coragem para escrever aqui.
Há pouco foi o princípio de uma mudança, aconteceu diante dos meus olhos, soou nos meus ouvidos, senti-o, vivi-o da melhor forma que consegui... O meu cérebro ainda tenta processa a dimensão da questão, o real peso e o que está ou não no meu controle.
O que posso fazer, se há algo a fazer, ou se é apenas um reflexo momentâneo que se desvanecerá.
Há pouco deixei de ser filha, fui apenas alguém que cuidava, pois o meu pai não me reconheceu. Colocou as suas mãos na minha cara, passou-as pelos pontos da minha face semelhantes aos da filha dele, mas eu continuei sem ser a sua filha.
Perguntei-lhe se sabia o quanto a sua filha gosta dele. Respondeu-me: muito.
Apaziguei o meu coração, pois mesmo que não me reconheça, sabe o quanto gosto dele.
Amanhã é outro dia. Espero que vivido com memória.